No documento, a entidade questiona a justificativa para um gasto dessa magnitude, solicitando um estudo de impacto financeiro que demonstre a necessidade real do investimento. O Observatório argumenta que o valor poderia comprometer outras áreas essenciais
Atualizado em 09/09/2024 14:35:09
O Observatório Social de Goioerê encaminhou um ofício à Câmara Municipal solicitando a suspensão do processo licitatório que visa contratar uma empresa especializada para a implantação de um Sistema de Gerenciamento e Automatização de Plenário. O valor estimado do investimento, de R$ 1.036.762,20, foi considerado pelo Observatório como um possível uso inadequado dos recursos públicos.
No documento, a entidade questiona a justificativa para um gasto dessa magnitude, solicitando um estudo de impacto financeiro que demonstre a necessidade real do investimento. O Observatório argumenta que o valor poderia comprometer outras áreas essenciais, como saúde e educação, que necessitam de priorização no orçamento público da cidade.
Além disso, o órgão destaca que o sistema proposto não traria benefícios diretos à população e que o montante investido seria desproporcional em relação aos resultados esperados. O Observatório Social defende que os recursos públicos devem ser direcionados para setores que tragam melhorias tangíveis para o bem-estar coletivo e a eficiência dos serviços municipais.
Em resposta, a Câmara Municipal apresentou um estudo técnico preliminar no processo licitatório, defendendo que o sistema de plenário proposto tem como objetivo aumentar a transparência das atividades legislativas, melhorar o controle e a gestão das sessões, além de facilitar o registro e acompanhamento de votações. A ferramenta também permitiria acesso ágil às informações pelos vereadores e pelo público, atendendo às exigências legais e às expectativas da sociedade.
A Câmara argumenta que o sistema é essencial para garantir uma administração pública mais eficiente, transparente e responsiva. No entanto, o debate sobre a real necessidade e impacto desse investimento segue em aberto, com o Observatório Social pedindo uma revisão cuidadosa antes da concretização do gasto.