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Homens são os principais transmissores do vírus da Covid-19, sugere estudo

Para eliminar a influência de vieses comportamentais, como o fato de os homens serem mais relutantes do que as mulheres em usar máscaras e respeitar o distanciamento social, foi analisada a transmissão do vírus em mais de mil casais.

Atualizado em 30/08/2021 09:25:55

Um estudo feito por pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) indica que os homens podem ser os principais transmissores do SARS-CoV-2. Conforme a pesquisa, eles também têm maior suscetibilidade a apresentar quadros graves de Covid-19 e morrer em decorrência da doença.
O levantamento epidemiológico envolveu 1.744 casais brasileiros. “Essa constatação corrobora e está em consonância com descobertas feitas em estudos recentes que realizamos, que já indicavam que homens podem transmitir mais o novo coronavírus”, diz Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e coordenadora do CEGH-CEL.
Um estudo publicado no início de agosto por pesquisadores do Centro na revista Diagnostics, com base em um exame de detecção do SARS-CoV-2 pela saliva desenvolvido no CEGH-CEL, apontou que os homens apresentam uma carga do vírus no fluido cerca de 10 vezes maior do que mulheres, particularmente até os 48 anos de idade. Essa diferença de carga viral não foi detectada em testes com amostras nasofaríngeas, apontaram os autores do estudo, coordenado pela professora Maria Rita Passos-Bueno.
“Como o vírus é transmitido principalmente por gotículas de saliva, deduzimos que isso explicaria por que os homens transmitem mais vírus do que as mulheres”, fala Zatz.
Além dessa observação, a pesquisadora começou a ouvir relatos de casais – muitos deles ambos médicos – em que a mulher foi infectada pelo novo SARS-CoV-2 e apresentou sintomas leves ou moderados, enquanto o homem permaneceu assintomático. Alguns meses depois, o cônjuge também foi infectado após o contato com pacientes do sexo masculino, o que reforçou a teoria de que homens transmitem mais o novo coronavírus.
“Essa constatação corrobora e está em consonância com descobertas feitas em estudos recentes que realizamos, que já indicavam que homens podem transmitir mais o novo coronavírus”, diz Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e coordenadora do CEGH-CEL.
Além dessa observação, a pesquisadora começou a ouvir relatos de casais – muitos deles ambos médicos – em que a mulher foi infectada pelo novo SARS-CoV-2 e apresentou sintomas leves ou moderados, enquanto o homem permaneceu assintomático. Alguns meses depois, o cônjuge também foi infectado após o contato com pacientes do sexo masculino, o que reforçou a teoria de que homens transmitem mais o novo coronavírus.
“Vimos que os homens foram infectados primeiro muito mais do que as mulheres, tanto no caso dos casais concordantes como nos discordantes. No total, 946 homens foram infectados primeiro em comparação com 660 mulheres”, afirma Zatz.
Os pesquisadores também analisaram o material genético de casais em que apenas um dos cônjuges foi infectado pelo SARS-CoV-2, embora ambos tenham sido expostos, com o objetivo de entender por que algumas pessoas são naturalmente resistentes à infecção.
Resultados preliminares do estudo, também publicado na plataforma medRxiv, indicaram que variantes genômicas mais frequentes nos parceiros suscetíveis levariam à produção de moléculas que inibem a ativação das células de defesa conhecidas como exterminadoras naturais ou NK.
Os resultados completos do estudo, feito em colaboração com o professor Erick Castelli, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, serão publicados em breve na revista Frontiers in Immunology.

(Com informações Ricmais)


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