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De Goioerê para o mundo; com Edina Alves, Brasil volta a ter uma árbitra no Mundial feminino

. Ao apitar o início do jogo entre Nova Zelândia e Holanda, nesta terça-feira, dia 11, os dias de labuta braçal, escondidos da mãe, completou um ciclo para na vida da goioerense.

Atualizado em 11/06/2019 19:52:30

As roupas sujas de terra do trabalho no campo deram lugar ao uniforme da arbitragem padrão Fifa na estreia de Edina Alves, de 39 anos, numa Copa do Mundo feminina. Ao apitar o início do jogo entre Nova Zelândia e Holanda, nesta terça-feira, dia 11, os dias de labuta braçal, escondidos da mãe, completou um ciclo para na vida da goioerense.
Desse trabalho veio o dinheiro que pagou o curso de árbitro na Federação de Futebol Paranaense. Antes de viajar à França, Edina foi árbitra de seu primeiro jogo masculino do Brasileiro da Série A — havia 14 anos que uma mulher não apitava um jogo da primeira divisão.
Da labuta no campo também veio parte do preparo físico que surpreendeu os avaliadores no teste físico na juventude. Na corrida de 400 metros, Edina fez tempo semelhante ao dos homens. De resto, as brincadeiras de rua com os irmãos e o gosto por esportes completaram a compleição física da goioerense de 1,62m e 58kg. Jogou basquete, futsal e participou de algumas competições de atletismo.

SONHO REALIZADO
Mas nada encantou tanto Edina quanto comandar um jogo de futebol. Um convite despretensioso do pai de uma amiga para ajudá-lo a apitar uma partida amadora, aos 19 anos, despertou a paixão.
“A adrenalina que descobri ali, que envolve todo o jogo sob sua responsabilidade é inexplicável”, diz Edina, que entra na lista de árbitras brasileiras em um Mundial feminino 16 anos depois da conterrânea Sueli Tortura, representante do país em 2003.
A estreia no Mundial poderia ter vindo antes. Em 2014, era a 1ª do ranking brasileiro, pronta para virar árbitra assistente Fifa. Uma provocação do então chefe de arbitragem da CBF, Sergio Correia, a fez dar alguns passos atrás.
Em um evento, colegas de profissão elogiaram Edina, que era assistente em jogos masculinos, na frente do chefe. Ele perguntou: Por que você não quer ser árbitra?
“Respondi que queria e que começava tudo de novo para chegar lá. E fiz isso, tive que fazer teste nos tempos dos árbitros dos homens (dois segundos a menos), voltei a trabalhar em jogos de base, outras divisões”, explicou.
(Com informações: Oglobo)


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